sexta-feira, 5 de agosto de 2022

O motoqueiro e a velhinha

O motoqueiro e a velhinha


Precisava comprar lãs nesta semana para tricotar um cachecol e tive que ir até o centro de Osasco. Normalmente compro pela internet, mas tinha pressa, daí estacionei meu carro na praça padroeira do Brasil e fui até uma lojinha de lãs na rua da Besni. Comprei rapidamente o que precisava, pois só coloquei 30 minutos na zona azul  e deparei com uma cena que tem acionado meu estado de alerta com relação a raça humana.


O trânsito na rua da Besni estava bem congestionado. Os carros aguardavam o semáforo da Av. Maria Campos abrir. Um casal de velhinhos estava atravessando a faixa de pedestres entre os carros parados. Um motoqueiro não percebe o casal passando, e quase os atropela. Inicia aí uma série de impropérios. A velhinha irritada xinga o motoqueiro e o motoqueiro xinga a velhinha. 

O velhinho puxa a velhinha pelo braço e caminham apressadamente para a praça Padroeira do Brasil, e o motoqueiro continua disparando seus mísseis de raiva e ira contra os dois. A velhinha vira para trás e revida e o velhinho a puxa, querendo se livrar do desconforto.


E eu, no fogo cruzado, louca para dizer que as leis de trânsito também são para motoqueiros e que faixa de pedestre é para pedestre. 


Em outros tempos, diante do incidente, o motoqueiro diria: - Foi mal, dona… tava com uma pressa danada e nem vi a senhora. Desculpa aí, a senhora tá bem?!

E a velhinha : - ô meu filho, que susto levei… mas que bom que ninguém se machucou… presta mais atenção, aqui é uma faixa de pedestres, mas enfim… tá tudo bem, vai em paz. 


E a vida seguiria seu fluxo, mas eu não sei quando esses bons e básicos costumes se perderam. Hoje é tudo motivo para guerra. É muita gente armada em todos os sentidos. 







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