
Tudo aconteceu nas bandas de Osasco e era um final de tarde frio,
acinzentado e molhado. Casa fechada. Só eu e o Dedé em casa. Tinha passado aquela pilha de roupas e acabado de guardá-las. Percebi que o Dedé tinha entrado em seu quarto e daí chamei-o para vir “prosear” um pouquinho
comigo no meu quarto. Só a luz do meu
quarto iluminava a casa que era tomada pela escuridão da noite que se
aproximava.
E lá estávamos nós,
rindo, trocando ideias, conversando quando de repente uma voz do além apareceu.
- Ax terlissoes di
fkus fkojn haiulixtz
Pulo em um sobressalto assustada e pergunto:
- Dedé! Você deixou a TV ligada?
Ele diz que não. Não tinha ninguém na parte de baixo da casa. Vou acendendo as luzes com o coração em
disparada. Desço os degraus. Na minha cabecinha imagino na tela da TV a loira
do banheiro com algodões em seu nariz, ladeada pelo Chuck apresentando o jornal
nacional. Mas ao descer até a sala está tudo silenciosamente escuro e
desligado. Tanto a televisão, como o computador.
Fico encafifada! - De onde viria a tal voz?
Continuo a caminhar pelos cômodos da casa procurando pistas
da loira de voz fantasmagórica. Entro na
área de serviço. A tábua de passar ainda está lá... montada. O netbook ligado
em modo de espera com suas duas caixinhas de som, pois sempre que passo roupas assisto
a um filme no youtube. Ei!!! Espere!!!
Caixas de som? É claro... só pode sido aquela infeliz da mulher do AVAST (anti vírus)
dizendo:
- AS DEFINIÇÕES DE VÍRUS FORAM ATUALIZADAS!
Ela me pegou novamente. Ai... ai...