Para adquirir meu livro pela amazon : ebook // versão impressa
sexta-feira, 24 de maio de 2019
segunda-feira, 4 de março de 2019
Desativando homens bombas
Perguntou ele:
"Quantos pães vocês têm? Verifiquem".
Quando ficaram
sabendo, disseram: "Cinco pães e dois peixes".
Marcos 6:38
Um dia, em uma dinâmica com um grupo de professores, minha coordenadora nos perguntou mais ou
menos assim: - Qual é o papel do educador na escola? Todas educadoras deram
suas respostas politicamente corretas e a minha foi a mais estranha:
- Desativar homens bombas. Ela arregalou os
olhos como se dissesse: - oi? Como assim?
Como era uma dinâmica e a coisa
tinha que fluir rapidamente, apenas disse: - foi isso mesmo que você ouviu: -
desativar homens bombas. E segui o fluxo.
Às vezes, penso que ela me acha
meio doida. Mas não consigo ser diferente. Tenho inquietações constantes na
área da educação, porque é algo urgente e um menino que cresce recebendo “alimentos
nocivos”, pode ser altamente perigoso na sociedade e vir a explodir e causar o
maior estrago.
Mas voltemos a pergunta inicial
de Jesus: - Quantos pães tem? Local deserto, sem nenhum Mcdonalds por perto, relva,
muitas pessoas famintas, umas 5 mil e, Jesus ensinando. Sim... adoro observar o mestre. Gosto muito
de ver a educação desvinculada da religião, respeitando-se o credo de cada um,
mas eu, particularmente, não consigo de forma alguma me desvincular de Jesus.
Ele é o maior professor. E quando penso em salvação, só consigo pensar em
educação. Às vezes espiritualizamos demais as coisas e perdemos a essência principal
a qual Jesus quis nos compartilhar o tempo todo: - desativar a bomba que tem dentro
de cada coração curando-os, distribuindo doses maciças de amor, inclusividade, ensinando
a ver além dos muros e instigando-os a perceberem o potencial que cada um tinha
dentro si - Grande Salvação! Não é essa
a função do professor?
Faz alguns dias que fico com
alguns textos bíblicos saltitando na minha cabecinha e enquanto eu não escrevo,
eles ficam pulando, pulando, feito pipocas, até eu escrever. Acho que esse é o meu
pão e peixe. No sábado, escrevi o texto: -
Gentalha, gentalha, gentalha referente à Natanael aquele que é convidado para
seguir Jesus e faz um comentário meio xenofóbico. Se ficou curioso, clique
aqui.
Voltando à educação. Desativar homens bombas é mostrar que todo
menino tem dons e habilidades e direcioná-los para o bem. Esse é o papel da
educação.
Sou formada em Letras, mas curto
demais trabalhar com a cultura digital dentro de uma Ong, pois tenho essa
flexibilidade em inovar na educação. É nesse contexto, com meninos em situação
de vulnerabilidade social imensa é que procuro extrair o que eles têm de
melhor, e mostrar que eles têm valor, por isso, não me limito a ensinar-lhes
simplesmente a mexer em computadores. Já os envolvi em projetos de leitura, e em projetos onde gentileza gera gentileza. Dou-lhes reforço escolar
através de um portal muito legal chamado “Mentes Notáveis”, onde matriculo uma
turma de 20 alunos em séries diversas, porque tem gente que mal consegue
escrever o nome e outros já são bons leitores e assim, conseguem
acompanhar o conteúdo, cada qual no seu passo e isso potencializa a sua autoestima.
Já os ensinei programação e alguns deles gostaram tanto que foram procurar cursos
mais avançados nessa área, também oferecidos pela Ong. Nunca esqueço de ensiná-los a compartilhar
conhecimento e a ajuda mútua através da minha famosa pasta de jogos cooperativos
(que nada mais é que uma seleção dos meus escapes games prediletos que envolvem
muita percepção e lógica). Ensino-lhes a construir robôs com kit lego e programa-los.
Já escrevi roteiros e encenei pequenas peças e detectei talentos preciosos no
teatro e tenho um sonho que minhas meninas atuem nessa área. Já trabalhei com
edição texto, slides e de imagens (GIMP), até na área musical os incentivei a
criar junto com o especialista em música. Dia desses vi um deles dançando e
fiquei o motivando-o para prosseguir, para ver se dali saía alguma coisa
bacana. Estou sempre à procura de um menino que tenha os 5 pães e 2
peixinhos, na minha multidão de meninos e fazer com que se multiplique. Essa é
a missão do professor - achar no grupo
alguém que produza vida, e que multiplique em alimento. Isso é desativar homens bombas.
Na minha cabecinha, ao ler esse
texto dos pães e peixes, vi uma mãezinha preparando o lanchinho para o seu
menino: aquele que vai alimentar uma multidão. Eu sei que nem sempre os meus
meninos da Ong têm uma mãezinha para lhes preparar o lanchinho, por isso, a
gente tem um olhar especial para eles, mas quem tem, queria deixar um humilde conselho
no preparo de um lanche saudável:
- Ensinem esses meninos a
respeitarem seus mestres e a valorizarem a educação. Pais, sejam parceiros e confie
no trabalho desses profissionais, não exigindo perfeição, mas sabendo que eles
têm algo para agregar na vidinha de seus meninos. Eu lembro que na época em que meus meninos iam à
escola, às vezes discordava de uma determinada metodologia. Chamava a
professora de canto, explicava meu ponto de vista discretamente e educadamente
e tentava chegar a um acordo. Foram raras as vezes que isso aconteceu, mas
NUNCA falei mal de um professor para meus filhos, pois o amor pelo aprendizado
inicia-se com o honrar ao seu mestre.
- Ensinem esses meninos a viverem
em sociedade, respeitando as diferenças. Ensine-lhes a serem pessoas de bem e
que o mundo não gira em torno dele.
- Não deem muitas coisas para eles,
para que não se percam. Ensine-os a ser e não a ter. Deem o essencial, que nem
sempre é visível aos olhos. Uma dica: - Tente conhece-lo. É fundamental. Por
isso, sente-se com ele sempre que puder para uma comidinha, um passeio, um bate
papo, um jogo, uma leitura de um livro junto. Invente. São nesses pequenos encontros, quase extintos
pela correria do dia, que a gente acaba percebendo a particularidade de cada
um.
- Plante a educação no coração de
sua criança. Ela vai brotar, ela vai salvar.
Na sociedade de hoje tenho visto
muitas mãezinhas preparando um lanchinho venenoso para seus filhos com
ingredientes do ódio, da falta de respeito, da divisão, do racismo, da discriminação,
da xenofobia, da homofobia e isso é tão nocivo na educação e mais ainda para a
sociedade. Mãezinhas, imploro: preparam “lanches”
saudáveis para seus meninos.
Ainda ontem, eu assisti ao filme
do Menino que descobriu o Vento. Esse
menino africano do Maláui, através da escassez, da fome, conseguiu fazer brotar
de dentro de si os seus 5 pães e 2 peixinhos e pode oferecer a salvação de vidas
ali na sua comunidade. A escola o
rejeitou por falta de dinheiro, mas a educação já estava plantada há muito
tempo em seu coração e quando ela brotou, causou uma revolução tremenda, porque
a semente era boa. Caso contrário, poderia explodir e virar o caos, que é o que
temos visto em nosso país, tantos meninos indo para o caminho mais fácil da
criminalidade, pois a semente plantada talvez não tenha sido boa e o alimento
produzido é ruim.
Vamos plantar educação no coração
dos nossos meninos? Conto com todos:
pai, mãe, avós, tios, professores, gente de bem. Vamos desativar homens bombas?
Lina Linólica 04/03/2019
sábado, 2 de março de 2019
Gentalha, Gentalha, Gentalha!
“Pode vir alguma coisa boa de Nazare?”
João 1:45-49
Para pessoas normais, a frase desse Natanael já seria o
suficiente para deixa-lo fora do grupo. Isso, em nossos dias, traduz mais ou
menos assim: Pode vir alguma coisa boa
do nordeste? Pode vir alguma coisa boa da África? Pode vir alguma coisa boa da
Argentina? Pode vir alguma coisa boa do movimento LGBT? Pode vir alguma coisa
boa de um evangélico? Pode vir alguma coisa boa de um ateu? Pode vir alguma
coisa boa de uma tribo indígena? Pode vir alguma coisa boa de um petista? Pode vir
alguma coisa boa de um bolsonarista? O
jovem Natanael tinha a sua construção tão perfeita, sem contaminações que fica
indignado em saber que o messias não veio de alguma cidade onde estavam os da “raça
pura” de Israel. Era gentalha, gentalha, gentalha – parafraseando o Quico.
Felipe o leva para ver Jesus, que “desarma” Natanael não com
uma bronca por pensar diferente, mas sorri (a parte do sorriso é imaginação minha) e faz um elogio:” - Aí
está um verdadeiro israelita, em quem não há falsidade". João 1:47 .
Aliás, bons líderes extraem o que tem
de melhor nas pessoas e fazem com que elas produzam frutos excelentes com seus
dons e talentos. Elas tem um dom especial para detectar habilidades e
competências. Talvez o dom de Natanael fosse o da honestidade, ou seja, aquele
que não é corrupto.
Natanael fica com cara de tacho (isso também é imaginação
minha). E diz: Ei? De onde você me conhece? E Jesus responde: da figueira.
Eu fiquei curiosa para saber o que aconteceu nessa figueira.
Natanael estaria fazendo algo ilícito? Ele estaria tendo algum pensamento suicida?
Ele estaria discutindo com alguém que não era da “raça pura” talvez um
nazareno? Eu não sei... mas Jesus sabia e o desarma.
O bom líder, percebe as coisas discretamente. Não divide sua
equipe por guetos, mas é inclusivo. O bom
líder não vê o mundo (Brasil) como um grande campo de batalha, onde quem é bom
é aquele que pensa igual a ele e o inimigo é quem pensa diferente. Isso eu
chamo de paranoia. O bom líder não se
ofende por conta de picuinhas e na sua equipe ele direciona os que pensam
diferente não para dividir, mas para aprimorar no crescimento. Eu diria:
agregar.
Inimigo que eu entendo é aquele que veio para roubar, matar
e destruir, fora isso, existe apenas pessoas que pensam diferente. E ainda sim,
penso que podemos “desativar meninos bombas” com a educação a fim de que sejam
salvos e não se embrenhem por esse caminho, mas deixo esse assunto para outra reflexão que escrevi recentemente. Para lê-la, clique aqui.
Só quero deixar uma reflexão para lançar a luz ao verdadeiro sentido de cristão que se perdeu por aí com tantas heresias.
Só quero deixar uma reflexão para lançar a luz ao verdadeiro sentido de cristão que se perdeu por aí com tantas heresias.
É Natanael. Antes que
essa história acabe, você verá que os céus abertos, e os anjos de Deus descendo
e subindo sobre o filho do homem.
É Natanael. Venha caminhar com esse “nazareno”, cujo
espírito é feito da inclusividade. Deixe aflorar o seu lado bom, o da
honestidade, e não o da corrupção, porque caso contrário, irá continuar nesse caminho exclusivista, onde
só você está certo, só você é o “bonzão” e o grande perigo é que vai começar a
sair ratos e baratas desse esgoto.
É Natanael. Se desconstrua. Tire esses óculos do
preconceito. Ande com um bom líder e daí sim você vai ver a verdadeira glória
de Deus que não é feita de muros e trincheiras, mas de pontes da liberdade onde
todos possam passar. Vem Natanael, andar com
Jesus!!!
Lina Linólica
02/03/2019
Notinha da autora:
Nessa sociedade mimimi é difícil achar “termos politicamente
corretos”. Fui usar o termo messias e logo associei a alguém... mas deixa para
lá. Fui usar o termo líder maduro e logo
associei a outro alguém, daí substituí por um “bom líder”, senão as pessoas que
não estão conseguindo ler um texto inteiro, pegam só um pedacinho e
transformam tudo isso em uma grande confusão.
Está difícil escrever algo.
Sim... pensei em
Ilona Szabó de Carvalho. Não a conheço, mas pelo que entendi é uma
pessoa competente, mas a trataram como uma inimiga? Oi?
Sim, pensei no esgoto que tenho visto em tantos comentários,
isso tem feito muito mal para a alma
humana. O moço que levou a facada e ficaram zombando. O ateu que mandaram pro
inferno. O menino que morreu e ficaram zombando do avô preso. Pô gente, vai
andar com Jesus, o nazareno, o inclusivo, o que desarma, o que sorri, o que salva, o que acolhe, senão esse Brasil vai ficar fedido
demais.
Talvez insira mais esse capítulo no meu livro “desconstrução”
que está à procura de um editor.
Assinar:
Postagens (Atom)