quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Feliz Natal

Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade – Lucas 2:14
Ah... Homens desse planeta!
Que haja boa vontade em contemplar o céu e ver uma estrela a brilhar e perceber uma fagulha de fé e esperança que direciona para o Caminho.
Que haja boa vontade em distribuir bondade abundantemente para a humanidade.
Que haja boa vontade em recepcionar a vida e promover a paz
Que haja boa vontade para distribuir perdão, extirpar o ódio,  emanar  gratidão no coração.
Que haja boa vontade para festejar   com alegria o aniversário do verbo da vida – Jesus, o Filho do Homem.
“Muitas felicidades, muitos Natais de Vida – Vida – Vida – Vida!”

domingo, 30 de outubro de 2011

QUEM DISSE QUE VIVER SERIA FÁCIL?

QUEM DISSE QUE VIVER SERIA FÁCIL? 



Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância


Hoje acordei com esse versículo bíblico em minha mente e pus a pensar nos acontecimentos que tem assolado o Brasil e o mundo: morte com a gripe suína, morte com violência, mortes e mais mortes.  A mídia nos bombardeia com uma enxurrada de tragédias e quase desistimos de viver. Ficamos reclusos, assistindo paralisados a tudo isso.

No início do mês de junho, como de costume, comecei a planejar as minhas tão sonhadas férias de julho. Eu e os meninos chegamos num consenso de que queríamos conhecer a neve.  Consegui uma boa promoção no site da gol, adquirindo uma passagem aérea para Buenos Aires e; assim continuei minha pesquisa de preço de ônibus para Bariloche, albergues, passeios e lugares baratos para se comer.  Dentro de mim fui sonhando e gerando a nossa  viagem. Só que no final de junho fiquei no impasse: ir ou não ir? A mídia e até o ministro da saúde não recomendaram a viagem. Fui orar, é claro. Oro, oro e oro e no meu coração sinto: - Não confie em homens, confie no Deus criador!

Decido ir! Porém ao ligar a TV, acessar a internet minha  coragem se esvai. Acho  melhor cancelar tudo e ficar em casa.
Comento com meu marido minha decisão em desistir, mas ele não opina em nada, apenas diz: - Você é quem sabe. – O que você decidir está decidido.
Ligo para a Gol, a qual prontamente irá reembolsar o valor da passagem integralmente, mas na hora “h” digo: - Desculpe! Não cancelem ainda... preciso anunciar minha decisão com os meus meninos. Volto a ligar até domingo.
Falo com os meninos sobre minha decisão. O mais novo, acata minha decisão. O mais velho fica triste e pede para eu orar mais, pois também estará orando.
E assim... volto a orar novamente sobre essa questão. No dia seguinte, ao abrir a Bíblia, onde estava o marcador, no último livro que li – Atos dos Apóstolos, me deparo com um título que me chama a atenção: Todos chegam sãos e salvos.
Suspiro e digo: - Uau!

Volto a comentar com meu marido minha decisão de ir e ele me apóia.
Fico preocupada com meu filho mais novo e pergunto: - Você já tinha se acostumado com a idéia em não viajar e agora? Ele me responde: - mãe! Eu volto a me empolgar novamente. Já o mais velho vibra com minha decisão. Pergunto-lhe: - Mas... você orou? Ele responde: - É claro! Eu pedi para que Deus falasse claramente com você.

No dia seguinte, 3 anjos vieram até minha casa. Calma! Não são anjos anjos. São pessoas que amo tanto, que são anjos em minha vida. Primeiro chegou minha irmã do meio. Sempre que vou viajar, ela vem aqui em casa orar para mim. Estávamos ainda conversando, quando a campainha tocou, era a minha irmã mais velha, junto com a minha mãe que estava passando aqui perto e ficou com vontade de entrar só para um oizinho. Entraram as três e conversamos, rimos e por fim oramos. Foram momentos sublimes. Eu amo minha família e em especial minhas irmãs. Elas são preciosas demais na minha vida.

Enquanto conversávamos, lembrei do trecho bíblico, onde Moisés, quando no deserto, manda homens espiar a terra. Só dois dão bons relatórios sobre a terra, os demais ficam preocupados com gigantes e tudo mais. Lá está meu velho amigo Calebe... hehe... Gosto desse camarada. Desbravador, guerreiro. E lá vou eu, espiar a terra (turisticamente e mochileiramente falando), mas vou espiar, bater fotos e tudo mais. O povo preferiu ficar vagando no deserto, por causa das notícias da maioria, vivendo uma vida medíocre. Colocando isso nos nossos dias, talvez a gente se empolgue tanto com a mídia, com as tragédias, que acabe ficando no deserto, andando em círculos, esquecendo de viver. Dando ouvidos para os homens. Deus quer dar para a gente uma boa terra, uma boa vida. Acho que depende da nossa decisão.

Eu comentei com Deus: - Pai! Eu tenho medo... E se eu não for? Rapidamente ouvi no meu coração a resposta: - Vou te amar do mesmo jeito.
Só que deixaria de viver esses momentos tão gostosos. E olha! Foram momentos especiais. Momentos de brincadeira, comunhão com os meus filhos. Ficamos mais juntos. Teve um dia que eles compartilharam seus sonhos, numa mesa do Burguer King. Vimos paisagens que nossos olhos nunca tinham visto aqui no Brasil. Em cada lugar que íamos, tinha uma surpresa gostosa com relação a paisagem. Dava a impressão que Deus caprichava ainda mais. Foram dias lindos, todos eles ensolarados,  que nunca vou esquecer.

E se eu não fosse? Não seria amaldiçoada por Deus... simplesmente não viveria esses momentos, que foram verdadeiros presentes de Deus. Tipo aquele joguinho que você ganha o bônus.
E Jesus diz: Eu vim para que tenham vida e vida em abundância.  Vida em abundância? Eu traduzo como uma vida com Jesus, independente da situação.  Seja aqui na minha casa, em Bariloche, ou na eternidade é uma vida na dependência Dele e como sempre, seja na adversidade, na tristeza, na dor, na luta, ou na alegria, no serviço, nas viagens. Com Jesus é sempre mais fácil e mais gostoso de se viver.

Em Cristo e uma vida abundante com Cristo




Lina

julho/2009

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz dia do professor

Tomai sobre vos o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Mt. 11:29

Professor!

Discreta missão
Nobre profissão.
Tanta celebridade ensina.
Porém, no anonimato, o professor fica.

O professor que pega na mão
Fala à criança com mansidão
Ajuda-a caminhar.

Aluno aprende com professor -
Professor com o aluno
Uma mescla de autoridade com reciprocidade

Professor, apesar de profissional
Dá vazão à emoção.
Embora as lágrimas não irrompam face abaixo
Acelera-se o seu coração.
Motivo:
O pequeno que aprendeu as cores, letras e formas...
O pequeno que brinca, sorri e chora...
O pequeno que aprendeu as palavras garatujar...
O pequeno que já sabe seus pensamentos expressar...
O pequeno que lê desengonçadamente o tudo que vê pela frente...
O pequeno que agora escreve e lê de forma decente...
O pequeno que vai embora pra outra escola – vai crescer e ser alguém.
Não há louros, medalhas ou prêmios,
Apenas uma lembrança daquele petiz,
Que um dia foi o seu aprendiz.

Lina Linólica
Não recordo quando escrevi esse poema, mas faz muito tempo e estava no meu velho site: linolica kids.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Aprenda com a criança



Daqui do quarto, eu ouço
Um burburinho lá na sala.
São as crianças que brincam
Sem medo de ser feliz.

Ouço sons de alegria.
É coro dos anjos.
De repente, um tombo
Um galo da testa – um choro.
Um dengo, uma lágrima e logo passa.
E volta a festa.

As crianças voltam a correr
Voltam a sorrir
E o coro de anjos entoa a sua canção:
Preserve a criança!
Mantenha o sorriso
Quando você cair, pode chorar,
Mas levante-se logo
E volte a sorrir.
Não tenha medo de ser feliz.
Aprenda com as crianças.

Lina Linólica
Achei esse poema nos meus manuscritos. Não consta data, mas provavelmente escrevi quando os meninos eram pequenos.

sábado, 1 de outubro de 2011

A BELEZA DO SER HUMANO

 E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. Lucas 6:12
Às vezes fico meio frustrada por não conseguir orar muito. Gostaria de poder orar mais, só que normalmente faltam palavras. Na verdade, acho que nunca fui de falar muito.  Um dos livros da Bíblia que tenho lido nesses dias é o de Lucas. Procuro entrar no livro, sentir cores, cheiros, visualizar expressões e perceber mais o meu querido Jesus.  Fecho os olhos e com a minha mente  percorro os seus caminhos. “A noite vai chegando apressadamente. A brisa gelada junto com o cheiro de mato ligeiramente molhado, percorre minhas narinas. Subidas íngremes, conduzem até o topo do monte. É cansativo, mas lá do alto, se tem uma visão indescritível do vale, com sua  paisagem peculiar e algumas casas.   Do alto do monte dá para se ter uma visão macro das coisas lá debaixo. Lá está Ele – Jesus – parece sorrir. Ele está orando – conversando com o Pai.” Dou uma pausa nos meus pensamentos  e comento com Jesus.
 – Puxa Jesus! Você ficou a noite inteirinha orando! O que tanto você falava com o Pai?
Uma frase ecoou dentro de mim:
- Falávamos da beleza do ser humano.
Estas palavras ficaram em minha mente o dia inteiro. Fiquei pensando nelas.  Só quem ama consegue enxergar a beleza no ser humano. Deus nos ama tanto que vê em nós o belo. Essa diversidade de características físicas e  de personalidade cativa Deus.
Tento imaginar ele percebendo cada um dos doze discípulos que iam ser escolhidos. Cada uma com sua característica: Uns mais retraídos - outros mais atirados. Uns mais racionais, mente matemática, outros mais românticos, com uma mente mais literária, outros iletrados.  Uns mais novos, outros mais velhos. Casados e solteiros. Sei pouco da história de vida de cada um deles, mas Deus  conhecia cada detalhe. E confesso que me surpreendi com essa frase:
 - Falávamos da beleza do ser humano.
Só alguém apaixonado como Deus poderia ver tanta beleza.  Nós com nosso amor ilimitado conseguimos ver, na maioria das vezes apenas defeitos. Tento visualizar aqueles discípulos: - Meio brutamontes, barbados , com cheiro de peixe – na minha visão eram bem feinhos. Mas Deus extrai dali o belo. A virtude.  
- Vale a pena morrer por eles?  Sim!!!  Vale a pena,  e muito,  porque eu os amo.  Eles são meus filhos!  Só mesmo um pai  poderia pensar assim. E assim... Jesus se entregou, por amor. Porque Deus amou ao mundo , tanto, tanto, tanto,  que deu seu Jesus, filho único. Ele ficou na expectativa de que quem conseguisse entender um pouquinho desse amor, compreendesse  esse sacrifício, seria prontamente reintegrado nessa família do Pai.
Tenho dois filhos. Para mim, eles são os meninos mais inteligentes, mais lindos, mais espertos do mundo. Com certeza você não pensa igual a mim, pois talvez nem os conheça. Não tem afinidade com eles. Já eu, que acompanho toda a sua trajetória de vida, desde o primeiro choro, balbuciar, primeiros passos.   Vibro com suas conquistas. Choro quando eles são derrotados. Fico muito mal quando eles ficam doentes. Enfim, sou a tradicional mãe coruja. Eles são importantes demais para mim. Deus também é assim. Seu amor de pai é individual com cada um.
Ele acompanha a sua trajetória de vida e torce e vibra quando você consegue vencer, consegue acertar o alvo.
Simplesmente você é belo aos olhos de Deus. Ele não queria mudar a personalidade de ninguém. Nada de um bando de robozinhos, mas o que cativa mesmo é essa diversidade. E foi sobre isso que ele ficou conversando aquela noite inteira. Foi sobre mim e foi sobre você, pois ele amou e se entregou por mim e por você.
Bom... fiquei pensando e mastigando essa palavra até domingo, pela manhã... E pra minha surpresa e alegria qual foi o tema da mensagem pregada pelo Rui: Deus ama o que é humano. Comecei a rir. Tinha que ser Deus mesmo! A essência da mensagem foi a mesma. Pronto... Não tive mais dúvidas, e aqui vim para o computador compartilhar essa mensagem. Sorria! O pai te ama e te acha lindo e fica muito feliz quando você realiza os seus sonhos.

Bênçãos e alegrias sobre sua vida!


Lina Linólica

Não me lembro quando escrevi esse texto, achei-o entre meus arquivos.

domingo, 25 de setembro de 2011

Minha ex-goiabeira


O sistema ciumento do cimento venceu. Ela foi cortada nesse ano de 2011. Tenho saudades dela. Sem contar com familiares, era o "bem" mais valioso da minha casa que perdeu o seu charme, seu encanto.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

As quatro estações




Ela vem chegando em  setembro,
Toda linda e sorridente.
Cores alegres e quentes.
Flores mimosas, cheirosas e multicolores.
Lá vem ela, majestosa e bela
Saudações: Dona Primavera!


Ele vem com as férias de dezembro,
Traz na bagagem o calor intenso.
Ele é quente e vaporoso.
Vem de mãos dadas com o sol luminoso.
Ama a praia, o sol,  a água, a diversão.
Saudações: Amigo Verão!

Em março ele vem chegando,
Quando as aulas estão começando
Traz o vento e a chuvarada
E as folhas multicolores estão despencando...
Verdes, vermelhas e amareladas
Nessa época, muitas frutas eu como.
Saudações: senhor Outono!


Ele vem no mês de junho,
Chega sorrateiro com as frentes frias.
Traz a garoa por toda a cidade.
Agora, é hora de agasalhar-se de verdade
Tomar chocolate quente e deitar no colo materno.
É...Saudações doutor Inverno!

Lina - 13/09/1999

Olha só o detalhe da data (rsrs). Escrevi para ilustrar uma das minhas aulas de Informática, na época do Farolzinho - pré-escola talvez... por isso em linguagem bem infantil.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

ESTÍMULOS



"Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal." Pv. 13:20

Acordei hoje lendo Provérbios e acabei empacando nesse versículo, que é tão verdadeiro para os nossos dias. Hoje saíram as notas do Enem e mais uma vez a gente lê as notícias com aquela raivinha embutida por causa do caos no ensino brasileiro.
Bom...  já li tanta coisa, já participei de tanto curso sobre educação, já ouvi muita coisa boa, as também ouvi muita coisa ruim,totalmente sem noção e uma delas era de um indivíduo falando do sucateamento das escolas públicas. Eu discordo, mas não quero me ater a isso nesse momento, porque quero ir ao cerne da questão.
Trabalho há  12 anos com informática educativa e procuro enxergar bem o universo dessa meninada, pois é o ambiente onde é mais aflorado bons e maus costumes. Literalmente tenho acompanhado o crescimento desses meninos e meninas. E sabe quem é que se dá melhor nesse meio todo?
Aqueles que foram mais estimulados quando crianças. É claro que existem vários tipos de estímulos e é sobre eles que quero tentar escrever aqui.
Sou mãe. Tenho dois filhos. O mais velho de 17 anos estuda na Usp, faz engenharia química e é muito bom na área de exatas. Quando ele estava no ensino fundamental disse-lhe: - Eu sou muito ruim em matemática, portanto, se você tiver alguma dúvida nessa área, não peça ajuda a mim, mas ao seu professor. Ele me ouviu e foi andar com o sábio da matemática.
 Já que eu sempre fui muito ruim em matemática, tentei estimulá-los com jogos de raciocínio e similares aqui em casa e com o menor também era assim. Eles se destacaram na área de exatas, embora o mais novo é apaixonado por esportes, nunca teve dificuldades nessa área. Eu procurei estimulá-los e eles recebiam esse estímulo, então novamente eles andando com sábio.  Os meninos são tenros – precisam ser direcionados num bom caminho... eu me refiro direção e não vigilância 24 horas.
Sabe o que eu percebi nesses 12 anos dando aulas? que os nossos melhores alunos são aqueles cujos pais o estimulam em vários sentidos: oferecendo-lhes limites, sendo parceiros da escola. Valorizando a literatura, a artes, navegando com os filhos. Amava quando um pai ou mãe me procurava e dizia que jogava os joguinhos que eu aplicava com seus filhos. Isso é elo e dos bons. Normalmente eram esses os melhores alunos da escola. Esses meninos vão longe, sabe por quê?  Porque estão andando com pais sábios.
Porém eu vi outro estímulo, o qual tem me preocupado muito. É um estímulo negativo. E já desconfiava, mas fazendo uma busca no Google dos vídeos mais vistos pelos brasileiros, constatei o que eu mais temia: A quantidade de cultura inútil que é vista involuntariamente pelos nossos meninos é avassaladora. E alguns programas de TV, que não são nada bobos acabam disseminando mais ainda essa cultura inútil. Se eu ando com os sábios, torno-me sábio, caso contrário, serei companheiro de tolos e me acabarei mal.  E é assim que tem acabado o nosso sistema de ensino brasileiro. Muito mal.

Isso me assusta, porque muitos  meninos preferem andar com tolos, fúteis e inúteis do que apegar-se a coisas sábias e isso poderá gerar conseqüências no futuro. Na verdade, já está acontecendo. Eu faço um trabalho social com crianças e adolescentes carentes. Eu sou educadora  jogos cooperativos na informática. Tenho um blog onde posto imagens que remetam para ética, curiosidades, frases ou algum aspecto cultural a ser discutido e também posto o link dos jogos que serão aplicados. Normalmente são dois jogos – o primeiro sempre é da série japonesa Minoto – onde é um enigma, tipo quebra-cabeças que precisa ser resolvido. É necessária a união do grupo para conseguir ir juntando as peças e chegar ao seu final. Eles reclamam pedindo ajuda, mas eu finjo de surda e por fim eles conseguem resolver sozinhos. O segundo é também um jogo dessa linha, mas nem sempre japonês.  Enfim, depois de terminarem o jogo, eu os deixo navegar com minha supervisão. Dia desses, esqueci de tirar a caixa de som que ficou conectada em um computador e uma aluna entrou no youtube. Eu fiquei só analisando para ver a qualidade do vídeo a ser escolhida. Ela pôs um funk. Dizia alguma coisa assim: “ - Vou lá pra baixo, pra casa do macho, que lá eu me acho”.  E o grupo inteiro cantava a música em uníssono. Todos sabiam de cor a música inteira, exceto eu que nunca tinha ouvido. Deixei a música rodar até o final, por fim acabou  e eu pedi que colocasse uma música melhor –mas acabou a aula. Hoje, uma minoria entra no meu blog durante a semana... mas ainda é muito pouco, pois a grande maioria está passeando com o companheiro tolo, meu desejo é que isso mude, mas são tão poucas essas iniciativas sociais.
Nessa semana, participei de uma palestra com um consultor de uma empresa. Ele dizia que o Brasil está crescendo. Isso eu já sabia. Que o profissional mais maduro está em alta no mercado de trabalho. Isso também eu já sabia. Que 120 mil empregos foram preenchidos por jovens europeus. Isso me entristeceu, porque esses empregos eram para ser dos nossos jovens brasileiros, mas eles não tinham capacitação e muito menos formação escolar adequada.
Tenho visto muitos alunos em busca de um caminho mais fácil – um atalho, só que para ser um bom profissional é necessário pagar o preço – estudar muito, pois   as coisas não vem de graça. As melhores notas foram daqueles que se esforçaram mais. O ensino não acontece por osmose, mas é preciso treino, disciplina. Ah... Acabo de ler  uma matéria onde a escola pública melhor colocada no Enem investiu em tecnologia. Eu sou totalmente a favor da tecnologia, mas em letrinha  pequenina dizia que era um colégio militar (imagino a disciplina ali e para se entrar ali  para se entrar precisa de processo seletivo – provas que aprovam e reprovam – palavra pecaminosa na pedagogia moderna.   Aposto que alguém vai ler essa matéria e vai pensar, então se eu colocar lousa digital em todas as escolas resolve o problema? É claro que não, pode melhorar um pouco. O que precisa mesmo é fazer com que essa moçada amadureça e comece a andar com sábios e não com tolos.
Nós pais temos que ajudar  esses meninos a ter maturidade. Deixar eles se machucarem um pouquinho. Não tomar as dores quando tirarem notas ruins ou tiverem muita tarefa de casa. Tente fazer com que eles andem com os sábios: bons livros, bons jogos, bons artigos na internet, bons vídeos no youtube (isso existe e são os menos acessados) bons professores, bons filmes, boas peças teatrais, boas músicas, boas apresentações teatrais, bons museus, pois  “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal. Pv. 13:20”

Lina Linólica

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vovô nem é tão velho.

Uma tarde, o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?
E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadora (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a sermos responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntas.
Não se conhecia telefone sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas, quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China". Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?
- Hiii... vovô... mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58.


Recebi esse email em forma de PPT - Tercio Pontes. Achei-o tão legal que resolvi postar no meu blog. Só lembrando que não sou a autora, ok.

domingo, 5 de junho de 2011

DENTRO DAQUELE PACOTE...

Na quinta feira, ao chegar no Centro Social Carisma, local onde faço um trabalho com meninos e meninas carentes recebo um presente especial.  É um singelo pano de prato, embrulhado carinhosamente em um papel de presente. Um bilhete manuscrito está colado com um durex no pequeno pacote. Leio o bilhete emocionada e pergunto: - Quem é essa mãe? Nossa gestora procura entre tantos alunos e logo localiza a jovem adolescente.  Na verdade, essa mãezinha tão especial não mandou o presente exclusivamente para mim, mas para todos da equipe. Se deu ao trabalho de fazer  uns dez pacotinhos com o mesmo formato e bilhete.  A atitude dessa mãe me marcou, porque isso reflete diretamente no comportamento da filha.  Quem é essa garota? Essa menina  chamou a minha atenção desde o primeiro dia de aula. Ela é educada, participativa e inteligente. Durante as oficinas de jogos analiso vários tipos de alunos:  os que desistem facilmente e ficam murmurando (esse é o grupo maior), os que nem sequer se dão o trabalho de entender alguma coisa e o grupo dessa garota, uma pequena minoria, que entende o objetivo proposto e que compartilha com o grupo soluções e na maioria das vezes acaba contagiando a muitos. Eu amo pessoas assim.  Um dia desses, olhei para ela e disse: - Garota, você tem potencial. Parabéns!  Gostaria que o grupo inteiro fosse como ela, que valoriza o nosso trabalho  e que participa das atividades propostas, mas  infelizmente apenas  uma pequena parcela que é assim. De onde vem esse caráter?  Vem de dentro daquele pequeno pacote:   atitude grata de uma mãe que reconhece o nosso papel de educador , que é parceira, que não murmura, mas simplesmente educa.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Siga - O Evangelho segundo o Twitter

Cappuchino Pedagógico

Cappuchino pedagógico




500 g de açúcar
50 g de nescafé
250 ml de água fervente.


Por o açúcar na batedeira, dissolver o nescafé na água fervente e despejar na batedeira e bater muito (uns 20 minutos) até ficar com jeitinho de chantilly, colocar em potes e congelar, ou usar... é que rende bastantão essa receita (eu tenho meu pote de reserva pra servir pras visitas ou quando dá vontade - e nem precisa descongelar)

Na hora de servir, coloque uma colherinha de chocolate em uma xícara de leite quente e 1 colher de sopa do cappuchino e mexer pra ficar  espuminha e, se tiver ou gostar,  e dá uma polvilhadinha com canela em pó.


ô trem bão sô!


Quer saber porque eu  o chamei de pedagógico? rsrs... É que a Ana Maria? Não é a Braga não... É a Ramalho... A nossa ilustríssima e queridíssima professora de matemática nos presenteou certa vez com um capuchino maravilhoso no nosso cafezinho pedagógico. Aliás, a coisa tava chic naquele dia, pois a Patrícia de artes levou manteiga francesa. Então, já viu, né?  Depois a gente engorda e não sabe o porquê. Mas voltando ao capuchino,  não tinha como não pedir a receita. Ela nos cedeu gentilmente e tô compartilhando com vocês.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cultura de paz

Escrevi esse poema para trabalhar com meus alunos do Centro Social Carisma, pois estamos trabalhando o projeto cultura de paz. 


Escolhas

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; Mateus 7:13



Posso ficar com raiva de alguém, me descabelar...

Ou posso contar até mil e perdoar



Posso destruir tudo com minha revolta - vandalizar

Ou posso refletir e decidir preservar



Posso enganar a tudo e a todos com uma falsa verdade

Ou posso tirar a máscara e usar sinceridade



Posso desistir dos sonhos e perder-se a esperança

Ou posso levantar dos tombos, erguer na fé  e resgatar a perseverança



Posso me fechar pra vida e viver no meu egoísmo, matar o meu dom.

Ou posso mudar o destino e compartilhar o que tenho de bom.



Posso brigar, xingar, chutar, machucar, revidar.  Guerras são fáceis
de fazer. O difícil mesmo é a paz promover.

Paz... Quem é capaz?

Quem é que trás?



Sou eu quem faz, é só querer...  a PAZ!




Autora: Lina Linólica
www.linolica.com.br



terça-feira, 5 de abril de 2011

AS DUAS MÃES - Um desabafo sobre a forma de educar na atualidade


Quando eu era menina, minha casa parecia um albergue. Papai, um bom baiano, sempre acolhia um parente necessitado da Bahia, o qual trabalhava por um período até se “firmar” e depois tocava sua vida. Eu contabilizei uns oito primos (as) que moraram com a gente por um determinado período.  O Valdo era o mais palhaço e um dia, durante o almoço soltou uma das suas graças:
- Por que baiano tem cabeça chata?
Meneávamos a cabeça e esperávamos uma resposta infame e lá vinha ela.
- É que “mainha”, todos os dias, ao ver o filho comendo o prato de pirão de farinha, dá uns tapinhas em sua cabeça e diz: - Come tudo “fiim”, que quando você crescer vai pra “Sumpaulo”.
Hoje, o pessoal politicamente correto ao ouvir essa piadinha, iria rotulá-la de xenofóbica e preconceituosa. Na verdade, essa piadinha está desatualizada. São Paulo não é mais o eldorado nordestino, tanto é que atualmente ocorre um processo inverso: muitos filhos de nordestinos retornam  às origens , pois determinadas cidades  estão  mais avançadas e promissoras do que essa Sampa saturada.
Dia desses, meu filho voltava da escola no trem, quando ouviu uma mãe dizer ao seu filho:
- Viu, filhinho como é bom ir à escola. Você ganha merenda, material escolar, uniforme. Você ganha tudo.
Duas mães. A mãe do passado e a mãe do presente.
Sinto saudades dessa primeira mãe do passado, que incentivava seu filho. Dava-lhe o “pirão com farinha” que era o que tinha.  E o menino tinha que comer, pois tinha uma promessa em cima disso: ir para São Paulo. Ele sabia que São Paulo não era lazer, mas era cidade do trabalho, do compromisso, da dedicação, da ascensão social, era um local de oportunidade de estudar e ser alguém na vida. A mãe ensinava para o filho tudo isso. A mãe ensinava o menino a pagar o preço, ou seja, a dar – dar o seu melhor para que a sociedade fosse beneficiada com o seu ato.
E o menino, que em meio às agruras e as dificuldades foi desafiado a ter sonhos, ter alvos de ser alguém melhor. Esse menino que teve uma mãe que o impulsionava para o sonho de ser alguém na vida. Sinto saudades desse menino e dessa mãe que eram focados em sua meta.
A segunda mãe é a mais comum nos dias de hoje.  O menino precisa ser feliz ganhando. Não quer que o filho passe pelas privações que ela passou. Protege o seu rebento dando-lhe de tudo o que necessita. O menino nem precisa estudar, basta comparecer a escola, que ganhará a merenda, o material escolar e até mesmo notas.  Ele não precisa se comprometer com os estudos, com a educação.  Para que se comprometer com o ensino?  Escola é chata demais.  E se o filho for contrariado, ela mesma vai a escola exigir os seus direitos.
E assim os meninos vão sonhando em receber, receber e receber. Receber um convite para jogar futebol - quem precisa de escola para jogar bola?  Receber um convite para entrar no BBB e ser modelo, ou vice-e-versa, pois quanto mais você matar a educação em sua aparição midiática, mais sucesso você terá.
E até os meninos ricos vão sonhando em receber, receber, receber. Receber presentes, IPads, celulares de última geração, tênis de marcas. Tem hora que não tem nem o que dar, pois já tem de tudo, exceto limites. E nessa hora, talvez se contentem em aprontar alguma atrocidade na av. Paulista ou na escola através do bullyng ou no seu computador através do cyberbullyng.
Ah... como eu queria que os pais ensinassem aos seus filhos sobre o dar, o compartilhar. Acho que o pior pecado da humanidade é o EGOísmo, ou seja, o EGO dominando suas vidas. E esses meninos que ganham, ganham, ganham, importam-se mesmo consigo mesmos e pouco se importam com os estão ao seu redor, ou seja, a sociedade.
O ato de compartilhar promove a salvação da humanidade e nos deixa menos mesquinhos. Então, que tal começarmos a ensinar esses meninos e meninos a compartilhar algo bom. Eu posso garantir que eles serão muito mais felizes dando, produzindo algo legal, do que apenas recebendo.
Lina Linólica

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A madrugada de Pedro

Um barco indeciso balança sobre as ondas revoltas.
Um barco com especialistas do mar,  inseguros, temerosos.
Falta alguém na pequena tripulação vacilante –
Não é esperada a chegada do marinheiro experiente, nem do velho lobo do mar
Mas aguarda-se o mestre, bom de carpintaria, bom de restaurar vidas quebradas.
Sim... Falta o mestre.
Será que ele não vem?
É madrugada. Já se passaram tantas horas, que demora!
E o vento sopra forte sobre as águas, balançando o barco,
Desestruturando homens, gerando  desconforto,  medo,  insegurança  a escuridão.
E o vento continua a soprar forte trazendo o medo da morte e a ausência de vida.
Pedro  parece avistar alguém.
Os homens olham e vêem em meio a escuridão solitária do mar revolto,  um vulto.
Seria o espectro  da morte que caminha para os levarem?
Gritos desesperados,  choros e medo do fim.
Uma voz conhecida é ouvida, talvez trazida pelo mesmo vento que os assustou.
É a voz do mestre, que caminha pelas águas e diz a todos: - Não temam!
Pedro, sempre Pedro, pede para também andar sobre o mar.
E o mestre diz: Vem Pedro. Não tenha medo de ousar
Não tenha medo de sonhar.
Não tenha medo da vida.
Mesmo que os ventos soprem o contrário
Mesmo que as circunstâncias pareçam adversas
Eu  vim te ajudar.
Venho Pedro. Caminhe sobre as águas.
Não tenha medo de tentar algo novo.

Pedro obedece, pisa firme sobre o mar e caminha.
Percebe que está conseguindo.
Sorri da sua conquista, mas no meio do mar havia um vento,
Que assopra impiedoso, derruba a fé de Pedro, que balança, vacila e afunda
Em meio as águas geladas, o especialista do mar só consegue dizer três palavras:
- Jesus! Salva-me!
O ágil mestre o resgata dizendo:
-  Não precisa ter medo, homem. Você estava conseguindo sozinho, mas tudo bem. Vamos juntos agora!
E os dois caminham juntos pelas águas até o barco.
O vento cessa e o mestre se acomoda no meio dos homens que não se cansam de perguntar e ali uma conversa gostosa é iniciada. A escuridão se esvai juntamente com o medo e a insegurança. No barco repousa o Senhor da vida. A luz desponta no horizonte, dissipando todos temores. Agora é dia e o  barco chega ao seu destino.

Com base em Mateus 14: 24-33