O Puxadinho
No decorrer da nossa existência a gente vai acumulando tantas coisas. Teve uma época na minha vida em que eu parecia o Julius ( Todo mundo odeia o Cris) e tinha dois empregos. Pedi demissão de um deles e me mantive apenas em um. Cortei gastos e foi aquela época pós pandêmica onde a gente repensa a nossa existência e acaba descobrindo que a gente carrega peso demais.
A carga mental e o stress diminuiram, mudei parcialmente de área e virei a professora de alface (piadinha interna, tá). Comecei a me dedicar à hidroponia e a ensinar algumas técnicas de cultivo.
E o ano de 2023 chegou e percebi mais um tipo de acúmulo. Dessa vez era o peso que carregava nesse meu corpo. Ele não estava programado para suportar tanto e em consequência disso, as dores eram constantes. Cheguei em um momento que tive dificuldades para amarrar os meus sapatos, sem contar as noites que eram regadas de refluxos. Acordava pensando qual seria a dor nova que iria aparecer dia seguinte, na sola do pé, no calcanhar ou no joelho e justificava: - coisas da idade
… afinal já tô com 57 anos. Quando a gente constrói puxadinhos, sem analisar a estrutura, pode “dar ruim”. Foi assim que o meu corpo acabou chegando aos quase 100 quilos e eu nem percebi. Decidi tomar algumas atitudes, entrando para um programa de emagrecimento da Jessica Pense Leve, que foi crucial para perceber os “puxadinhos” que a gente vai colocando em nosso corpo de forma quase imperceptível no decorrer dos anos. Aprendi:
Meu corpo é templo do Espírito Santo, por isso não devo maltratá-lo (essa é minha frase diária, para lembrar de cuidar melhor desse tabernáculo que Deus me deu).
A beber mais água.
A não comer minhas emoções, mas nutrir o meu corpo apenas quando estou com fome.
A descascar mais e desembalar menos, ou seja, voltar mais ao natural, àquilo que Deus criou.
Tomar café sem açúcar e perceber que o amargo também é muito bom.
Praticar esporte é saúde para o meu corpo.
Dá para emagrecer, mesmo estando na menopausa e com 58 anos. Sim, já foram quase 30 kilos a menos nesse corpo, de forma leve, saudável, sem loucuras.
A ousar em mais uma mudança. Já tinha abolido a tintura dos meus cabelos. Dessa vez foi a progressiva de anos a fio. Resolvi experimentar cortar o cabelo bem curto por conta do calor e deixá-lo ao natural e percebi que gosto também dos meus cabelos crespos.
2023 foi um ano de desafios e estou feliz com o resultado. Só o fato de desmanchar aquele puxadinho que tinha construído toda a minha vida, já me deixa mais leve, mais ágil, mais saudável e penso que é isso que Deus quer para a nossa vida:
Ele diz: "Tirei o peso dos seus ombros; suas mãos ficaram livres dos cestos de cargas. Salmo 81:6
Que o ano de 2024 seja mais leve, com mais saúde sem gambiarras e puxadinhos a fim de que possamos experimentar a boa vontade de Deus.
4) E para não perder o costume: quem não leu meu livro "Desconstrução", ele está na Amazon e você pode adquirir pelos link:- https://amz.onl/7yvNaBn - Escrevi em 2018, contando como me descontrui ao saber que meu filho é gay.