Hoje eu estava pensando num episódio bíblico (Marcos 6) que me chamou
muito a atenção . Era uma festa de
aniversário: tinha um rei de personalidade fraca, uma rainha egoísta e uma
jovem fútil que brincavam com o poder e tomavam atitudes néscias cortando a cabeça de um inocente. E assim
esses poderosos corrompiam, massacravam e faziam coisas ao seu bel-prazer. É claro, que nos dias de hoje não vemos essa
situação extremista de cortar cabeças, talvez só no estado islâmico, mas vemos
atitudes radicais de egoísmo, tudo em nome da corrupção e quantos inocentes são
“assassinados” por conta da ganância. Isso me faz lembrar o livro ‘Revolução
dos Bichos” de Eric Arthur Blair, que
usava o pseudônimo George Orwell. "Doze
vozes gritavam cheias de ódio e eram todas iguais. Não havia dúvida, agora,
quanto ao que sucedera a fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de
um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem
outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era
porco." Sem ter lido Orwell, percebe-se que Jesus tinha nojo disso, dessa gana por poder.
Tanto é que esse rei queria ver Jesus e se Jesus quisesse, ele poderia ir
àquele palácio, até mesmo para confrontá-lo e quem sabe mandar uma praga do céu
por conta da morte de seu primo João Batista. Mas, o grande ensino de Jesus é que
ele queria distância desse povo, mas distância mesmo, tanto é que ele vai para
um lugar bem deserto, longe do sistema envaidecido e ensandecido e ali Ele fez
o que “Estado” deveria ter feito: ensinou (cuidou da educação), curou (cuidou da saúde) alimentou (cuidou das necessidades básicas)
e com isso, os corações foram acalentados. Se ele tivesse ido para aquele “palácio”
poderia se contaminar, mas ele foi para o deserto, longe do sistema manipulador
e corrupto, longe das festas e distrações do palácio e em uma das versões
bíblicas fala que a primeira coisa que ele fez, antes de multiplicar pães foi “Ensinar”.
E Jesus, saindo, viu uma grande
multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor;
e começou a ensinar-lhes muitas coisas – Marcos 6:34. A educação é prioridade e o que será que Jesus
ensinava? Ensinava ética e cidadania (pois o grande enfoque era o amor ao
próximo e isso nada mais que ética e cidadania)
Confesso que ensinar não é fácil. Tenho tentado ensinar os meus alunos a
se “viciarem em livros”, pois sei que os livros vão libertá-los da ignorância, mas me deparo com tanta preguiça, tanta
incredulidade, tanto descaso. Infelizmente muitos preferem se contaminar com as
distrações que não vão levá-los muito longe, mas enfim, tenho tentado
compartilhar alimento bom. E Jesus aproveitou ambiente do deserto, e ensinou,
curou, alimentou e abençoou. Tá certo, que essa multidão não aprendeu muita
coisa, depois eles incitaram para crucificá-lo, mas Jesus deixou o exemplo. Ele
foi um líder voluntário. A Bíblia está repleta de lições, e talvez essa seja
uma grande lição: Um bom líder não se
deixa contaminar pelos prazeres do poder, não toma da forma da corrução, mas o
bom líder serve. Uma vez li que Suécia os parlamentares não recebem
salários, não possuem mordomias e segundo a Organização Transparência Internacional, a
Suécia é um dos países menos corruptos
do planeta. São políticos que servem. Às vezes, eu tenho a impressão que esse
sistema “palaciano corrupto” se assemelha
a uma grande árvore com muitas raízes que vão se alastrando em meio a
população, invadindo tudo, tipo aqueles filmes de ficção, parece que o brasileiro
tem sido abduzido pelo egoísmo, pela corrupção, pela maldita lei de Gerson, que
sempre pensa em levar vantagem em tudo. Ah... como eu queria que essas malditas
raízes da corrupção fossem destruídas, mas isso só acontecerá no “deserto”,
longe desse maldito sistema corrupto, com muita, mas muita educação”, onde pais
poderão aprender com Jesus sobre ética
e cidadania e ensinar seus filhos e netos sobre como se portar em sociedade. Ah... Jesus, ensina-nos, ensina-nos!