Eu confesso que tenho muito medo dessa febre da baleia azul que tem
infestado as redes sociais sugestione ainda mais as nossas crianças e
adolescentes para esse caminho. Isso era uma mensagem fake, daquelas que que
alastram na internet, mas depois de muito se alastrar, ela ganhou vida e
agora é verdadeira, sabe por que? Nossas
crianças e adolescentes, embora
aparentem experts em tecnologia, são pessoinhas “tenras” , cujo o caráter está
sendo formado. Elas são frágeis, não tem resiliência e as redes sociais, são muito perigosas para elas.
Tanto é que a maioria delas tem um termo
de compromisso, que talvez muitos pais desconheçam: “Não deve usar o Facebook se for menor de 13 anos”. O mesmo vale para
Instagram, Pinterest, Snapchat e Twitter. No YouTube, crianças podem assistir,
mas apenas adolescentes a partir de 13 anos podem criar um canal. O WhatsApp
define limite maior, de 16 anos.”
Atribuir
a culpa ao jogo baleia azul é muita infantilidade por parte da sociedade.
Outros jogos, seriados, etc, virão. Será
que ninguém percebeu que tem muita coisa errada na educação desses meninos? Faz muitos anos que através do meus artigos
venho tentando conclamar aos pais sobre o cuidado com nossas crianças e
adolescentes. Tenho visto uma geração de filhos órfãos de pais omissos. Sei que
deve ser difícil educar nessa era digital, mas não desista. Encontre uma forma
de aproximar-se do seu filho. Conheça o seu idioma. Crie vínculos afetivos.
Busque incessantemente um jeito de se aproximar dele e saber quem ele é, conhecer
sua personalidade, tentar descobrir seus sonhos, suas angústias, seus dilemas.
Fiz um recorte dos textos que escrevi
nesses últimos 5 anos, o qual compartilho novamente.
“Muitas vezes queremos proteger demais as nossas crianças dando tudo a
elas e talvez a vida se torne insossa. Talvez ela esboce um sorriso,
agradeça e só. A criança precisa muito mais que isso... precisa de desafios,
precisa aprender a vencer os medos, precisa descobrir a vida e acima de
tudo: Pagar o preço. E esse pagar o preço é que faz a diferença no sistema
educacional, na ética e na sociedade. Quem tem ouvidos, ouça!” Janeiro
/2016 - O menino e o pirulito - http://linolica.blogspot.com.br/2016/01/o-menino-e-o-pirulito.html
"Acho muito importante a
infância ter essa sinestesia – cores, sabores, cheiros, músicas e toques.
Só que eu to meio assustada, pois parece que isso se perdeu.
Parece-me que a infância está plastificada nas telas, telinhas e telões.
Momentos, são momentos... não dá para plastificá-los ou prendê-los numa
tela de smarthphone. Essas sensações estão sendo trocadas pela
exposições e que isso tem gerado um pequeno pane destrutivo na nossa
humanidade. Será que a infância das nossas crianças não tem sido “plastificada”?
Eu li vários comentários dizendo que o garotinho precisava era de uma
surra... mas acho que vai muito mais além, ouso dizer que
esse garotinho não está sozinho. Está sendo formado um exército de
garotinhos que fazem birras por algo que nem sabem o que querem, vou usar um
termo dentro da minha concepção é nova: está se formando uma nova geração de
crianças estressadas. Digo isso com propriedade, pois acompanho o
desenvolvimento de crianças, já que desde 1999 estou na
educação digital e, realmente, tenho me assustado com essa nova geração.
Acredito que tem excesso virtual e falta a essência verdadeira: o toque, o
aconchego, o amparo, a oração, o colo, o diálogo, o sabor da comida
gostosa, a música acalentadora, o cheiro da natureza, a cor da família."Outubro/2015 – o menino destruidor e a salsicha - http://linolica.blogspot.com.br/2015/10/o-menino-destruidor-e-salsicha.html
"Que lindo!!! Essa geração já nasce
sabendo tudo a respeito de tecnologia!
Essa é uma falácia. Eu ouço as
pessoas constantemente dizerem isso o tempo todo e todo mundo acredita.
Talvez o menino aperte um monte de botões, dá certo e ele repita a
operação, mas não significa que ele é um gênio na tecnologia e não precisa de
ensino. Os aplicativos tecnológicos são intuitivos e qualquer um pode usá-lo.
Tecnologia é fácil aprender o difícil é atrelar-se a valores.
Recentemente participei de palestras com Rodrigo Nejm, diretor da Safernet
e cheguei a seguinte conclusão "Imagine uma linda praça pública. A praça,
em si, não é perigosa, mas pode ter locais ermos ou iluminados. Agora imagine
com 2 bilhões de pessoas nela. Uma diversidade incrível de pensamentos -
pessoas de boa índole, pessoas de má índole. Você deixaria seu filho pequeno
sozinho nessa praça? Bem vindo ao cyberespaço!!!" Talvez você pense:
- é apenas um celularzinho... É simples vá com ele a essa praça.
Não o proíba de ir, mas vá com ele. Oriente-lhe bons lugares para
brincar. Brinque com ele. Estreite esses elos. Ensine-lhe um caminho bom.
Desde que o mundo é mundo os pais devem ensinar o certo e o errado. O que
é perigoso e o que não é. Talvez os pais não enxerguem esse perigo, pois se
apropriou desse pensamento: “Essa geração já nasce sabendo tudo a respeito de
tecnologia!” e em sua mente logo vem a justificação: “Se sabem tudo, não tem o
que lhes ensinar”. Tem muito a lhes ensinar sim. E são valores. São valores que
a nossa sociedade digital precisa. Talvez você não veja o perigo, afinal
ele está tão seguro dentro de casa... mas lembre-se é uma praça com 2 bilhões
de pessoas nela. Maio/2012 – Educar na
Cultura Digital - http://linolica.blogspot.com.br/2012/05/educar-na-cultura-digital.html"
"Sabe o que eu
percebi nesses 12 anos dando aulas? que os nossos melhores alunos são aqueles
cujos pais o estimulam em vários sentidos: oferecendo-lhes limites, sendo
parceiros da escola. Valorizando a literatura, a artes, navegando com os
filhos. Amava quando um pai ou mãe me procurava e dizia que jogava os joguinhos
que eu aplicava com seus filhos. Isso é elo e dos bons. Normalmente eram esses
os melhores alunos da escola. Esses meninos vão longe, sabe por quê? Porque
estão andando com pais sábios.
Porém eu vi outro estímulo, o qual tem me preocupado muito. É um estímulo negativo. E já desconfiava, mas fazendo uma busca no Google dos vídeos mais vistos pelos brasileiros, constatei o que eu mais temia: A quantidade de cultura inútil que é vista involuntariamente pelos nossos meninos é avassaladora. E alguns programas de TV, que não são nada bobos acabam disseminando mais ainda essa cultura inútil. Se eu ando com os sábios, torno-me sábio, caso contrário, serei companheiro de tolos e me acabarei mal. E é assim que tem acabado o nosso sistema de ensino brasileiro. Muito mal.
Isso me assusta, porque muitos meninos preferem andar com tolos, fúteis e inúteis do que apegar-se a coisas sábias e isso poderá gerar conseqüências no futuro. Na verdade, já está acontecendo. Setembro/2011
Porém eu vi outro estímulo, o qual tem me preocupado muito. É um estímulo negativo. E já desconfiava, mas fazendo uma busca no Google dos vídeos mais vistos pelos brasileiros, constatei o que eu mais temia: A quantidade de cultura inútil que é vista involuntariamente pelos nossos meninos é avassaladora. E alguns programas de TV, que não são nada bobos acabam disseminando mais ainda essa cultura inútil. Se eu ando com os sábios, torno-me sábio, caso contrário, serei companheiro de tolos e me acabarei mal. E é assim que tem acabado o nosso sistema de ensino brasileiro. Muito mal.
Isso me assusta, porque muitos meninos preferem andar com tolos, fúteis e inúteis do que apegar-se a coisas sábias e isso poderá gerar conseqüências no futuro. Na verdade, já está acontecendo. Setembro/2011
– Estímulos - http://linolica.blogspot.com.br/2011/09/estimulos.html"
"Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal." Pv. 13:20 - Pai! Seja o sábio na vida do seu filho. Segure em sua mão e guia-o em um bom caminho :)
Pense nisso!
Lina Linolica – 04/2017
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